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terça-feira, 15 de maio de 2012

O Velho e o Mar



No mês de maio, o Grupo Aleph esteve reunido para discutir o último filme de Wood Allen, Meia-noite em Paris. O encontro do personagem do filme com personalidades da Paris dos anos 20, levou aos participantes à escolha de Ernest Hemingway, para sua próxima leitura, agendada para 16 de junho.
Um pouco sobre o autor e sua principal obra, na colaboração do texto da alephiana Ingeborg Scheible:


HEMINGWAY

Ernest Miller Hemingway (Oak Park, 21 de Julho 1899Ketchum, 2 de Julho 1961) foi um escritor norte-americano.
Quando da 1ª guerra mundial, decidiu ir à Europa (em 1918). Hemingway queria combater, mas só conseguiu uma vaga de motorista de ambulância na Cruz Vermelha. Na Itália, apaixonou-se pela enfermeira Agnes Von Kurowsky, sua inspiração na criação da heroína de Adeus às Armas (1929) ...
Hemingway fazia parte da comunidade de escritores expatriados em Paris, conhecida como "geração perdida", nome inventado e popularizado por Gertrude Stein. Levando uma vida turbulenta, Hemingway casou-se quatro vezes, além de vários relacionamentos românticos, praticamente confirmando o que predisse seu amigo, Scott Fitzgerald, quando eles se conheceram em Paris: “Você vai precisar de uma mulher a cada livro”. [Obs. minha: estão lembrados dadiscussão em torno à ligação do amor com a morte entre o protagonista do filme e Hemingway?] . Com a primeira mulher, Elizabeth Richardson, teve um filho, com a segunda, Pauline Pfeiffer, dois. 

O VELHO E O MAR:
O Velho e o Mar (The Old Man and the Sea, no original em inglês) é um romance de Ernest Hemingway, escrito em Cuba, em 1951, e publicado em 1952.[1]
Foi a última grande obra de ficção de Hemingway a ser publicada ainda durante a sua vida, sendo uma das suas obras mais famosas.
Conta a história de um velho pescador que luta com um gigante espadarte em alto mar por entre a Corrente do Golfo. Apesar de ter sido alvo de apreciações muito divergentes por parte da crítica, é uma obra que permanece uma referência entre os livros de Hemingway, tendo reafirmado a importância do autor em tempo de o qualificar para o Prêmio Nobel de Literatura de 1954.
A essência da história é a luta constante do homem contra a natureza, disputando sua sobrevivência, com destaque para a importância não só da experiência, mas também da sorte e da perseverança
 
A vida e a obra de Hemingway tem intensa relação com a Espanha, onde viveu 4 anos. Trabalhou como correspondente de guerra em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola e ao cobrir essa Guerra (1937) como jornalista do North American Newspaper Alliance, não hesitou em se aliar às forças republicanas contra o fascismo. Essa experiência inspirou uma de suas maiores obras, Por Quem os Sinos Dobram. Ao fim da Segunda Guerra Mundial se instalou em Cuba.

Em 1952 publica "O Velho e o Mar", considerada a sua obra-prima, com o qual ganhou o prêmio Pulitzer (1953), . Foi laureado com o Nobel de Literatura de 1954.
Aos 61 anos e enfrentando problemas de hipertensão, diabetes, depressão e perda de memória, Hemingway decidiu-se pelo suicídio.
Ao longo da vida do escritor, o tema suicídio aparece em escritos, cartas e conversas com muita frequência. Seu pai suicidou-se em 1929 por problemas de saúde e financeiros. Sua mãe, Grace, dona de casa e professora de canto e ópera, atormentava o filho com a sua personalidade dominadora. Ela enviou-lhe pelo correio a pistola com a qual o seu pai havia se matado. O escritor, atônito, não sabia se ela queria que ele repetisse o ato do pai ou que guardasse a arma como lembrança.[!!!]
Todas as personagens deste escritor se defrontaram com o problema da "evidência trágica" do fim. Hemingway não pôde aceitá-la. A vida inteira jogou com a morte, até que, na manhã de 2 de julho de 1961, em Ketchum, Idaho, tomou um fuzil de caça e disparou contra si mesmo.


quinta-feira, 5 de abril de 2012

O burrinho Pedrês (Conto de Sagarana), de Guimarães Rosa



O Burrinho Pedrês é a leitura do grupo Aleph para o dia 28 de abril.
A trama desse conto, como nas demais narrativas de Guimarães Rosa, é relativamente simples. Publicado pela primeira vez em 1946, O burrinho pedrês é uma história sugerida por um acontecimento real, passado no interior de Minas Gerais, envolvendo um grupo de vaqueiros. É a história da condução de uma boiada em dia de fortes chuvas, em algum ponto indefinido do sertão, sob a tensão de uma maquinação ameaçadora de ciúme e crime. 
O seu desfecho, de todo surpreendente, só poderia ser idealizado por um mestre da palavra e da criação literária. O foco da narrativa está centrado em um burrinho pedrês, que é testemunha de um trágico acidente. Em contraponto com a intriga que se desenvolve entre os boiadeiros, há episódios relacionados com o ciclo mítico do boi, onipresente na vida sertaneja. Pairando sobre tudo e todos, destaca-se a figura sábia e intensamente "humana" do burrinho pedrês, que aparece pouco na ação mas, como citado, domina o universo da narrativa.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ecos de Manu, a menina que sabia ouvir

Após reunião do Grupo Aleph, em torno do livro Manu, a Menina que sabia ouvir, reeditado como Momo, o senhor do tempo, a alephiana Arlete trouxe esta contribuição sobre a origem do I Ching.O tema surgiu como reflexão em cima da personagem Cassiopéia, a tataruga que sabiamente responde à menina Manu: "não podes me levar nos braços para irmos mais rápido. Não é possível porque o caminho está em mim".

  Casco tartaruga.jpg

 Este quadrado mágico ou “Lo Shu”, de nove casas, é um gráfico de pontos pretos (Yin) e brancos (Yang). Surgiu no centro da China, há milhares de anos atrás, às margens de um rio. Está inscrito no casco de uma tartaruga, que é o símbolo da longevidade, e foi interpretado como “movimento e interação entre as energias

Tudo começou há cerca de 5000 mil, mais ou menos com o inicio da medicina chinesa, e o que se conta é que Fo Hi uma figura lendária inventou os Kua que seriam os signos, onde em 1882, o inglês James Legge cunhou os termos trigramas e hexagramas, dando entendimento para o livro das Mutações – I Ching.
Fo Hi teria deixado a descrição dos 8 kuas (trigramas) no casco de uma tartaruga que representava a imagem do mundo, depois esses 8 trigramas foram colocados dentro de um quadro, onde o centro era representado pelo Tai Chi : energia Universal, e estas imagens estão em constante mutação, demonstrando a efetiva mudança e transição que ocorre no mundo a cada instante, e esse quadro foi chamado de quadrado mágico.
Os resultados de tudo isso, foi o surgimento de doutrina da dualidade Yin e Yang e a teoria dos cinco elementos.
Confúcio traduziu e deu entendimento ao I Ching e Lao Tse, através do I Ching descreveu a Lei do Tao, o curso das coisas, onde a imutável e eterna lei atua em tudo, e cujo princípio primordial é o QI - Tai Chi - energia cósmica universal, principio meio e fim de todas as coisas. Outros filósofos, assim como os discípulos de Confúcio, contribuíram para o I Ching, que não seria um livro de adivinhações, mas sim uma Filosofia de Bem viver. O I Ching é o mais antigo livro de filosofia que a humanidade possui (fruto da Filosofia Taoista e Confucionista).

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Manu a menina que sabia ouvir



Michael Ende (Garmisch-Pantenkirchen, 12 de Novembro de 1929Filderstadt-Bonlanden, 29 de agosto de 1995) foi um escritor alemão de romances sobre fantasia e livros infantis e fazia parte do movimento antroposófico.

Filho do pintor surrealista Edgar Ende, tornou-se conhecido por seu trabalho Die unendliche Geschichte (A História sem Fim), e seus outros livros incluem Momo e o senhor do tempo ( Manu a menina que sabia ouvir ) e Jim Knopf.

Ele é um dos mais famosos autores do século XX, por seus sucesso com livros infantis, que convida o leitor a entrar em um estranho mundo cheio de símbolos visionários e o poder de se identificar com os heróis de suas histórias.

Os livros de Michael foram traduzidos em mais de quarenta idiomas e vendidos mais de vinte milhões de cópias.

Sinopse - Manu a menina que sabia ouvir -

Não é que Manu desse tão bons conselhos, ou sempre encontrasse as palavras certas para dizer. Não é que ela divertisse o pessoal, cantando, dançando, ou tocando algum instrumento. Não é que ela tivesse poderes mágicos, ou lesse a mão, ou enxergasse o futuro.
O que Manu sabia fazer melhor do que qualquer outra pessoa, era ouvir. Não é coisa que qualquer um pode fazer. E a maneira como Manu ouvia era realmente fora do comum. Manu ouvia de um jeito que fazia as pessoas burras terem idéias inteligentes. Ela não dizia, nem perguntava, nada que pudesse pôr tais idéias na cabeça das pessoas: ela ficava simplesmente ali sentada, ouvindo com atenção e simpatia. E fitava a pessoa com seus grandes olhos negros, dando-lhe a impressão de que as idéias que surgiam haviam nascido espontaneamente.(...)
Era essa a maneira de ouvir de Manu."






domingo, 18 de julho de 2010

Ulisses em quadrinhos


Ulysses, de James Joyce, é, certamente, uma obra polêmica. Há muitos leitores que a ignoram ou a detestam, enquanto a academia a tem como a grande obra literária do século XX. Um ponto é claro: trata-se de um livro “incômodo” e complexo e, por isso mesmo, difícil. Por esse emotivo, toda análise é um trabalho árduo e pensar numa adaptação de Ulysses o é mais ainda. Mas a companhia Throwaway Horse LLC resolveu adaptar a obra para os quadrinhos, num projeto chamado Ulysses Seen. A ideia é liberar a cada semana 4 novas páginas, trazendo algo semelhante ao que foi feito pelo próprio Joyce, que publicou a obra em fascículos num jornal. Embora a tentativa de tornar mais acessível a leitura de Ulisses através dos quadrinhos, a companhia deixa claro: "Ler Joyce pode ser um trabalho difícil e desafiante de início, mas é uma experiência singular que nenhum quadrinho, filme, ou tradução para língua estrangeira pode substituir". A todos que pretendem ler Ulisses de modo "mais razoável" ao entendimento, sem dúvida, é um projeto a ser conferido...

http://www.viscerasliterarias.com/2009/10/ulysses-em-quadrinhos.html

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Retrato do artista quando jovem

Retrato do Artista Quando Jovem é o primeiro romance de James Joyce, publicado em 1916. Narra as experiências da infância e adolescência de Stephen Dedalus, o alter ego do autor, no caso, um rito de passagem para a idade adulta, que inclui deixar para trás a família, os amigos e a Irlanda. Na obra, destaca-se o uso sistemático do monólogo interior, o que convida o leitor, desde o primeiro capítulo, a entrar na mente de Stephen Dedalus para acompanhar seus pensamentos, reações e os processos psíquicos de sua consciência. Nessa perspectiva, apresenta-se um romance de formação, ou seja, expõe de forma pormenorizada o processo de desenvolvimento físico, psicológico, social e estético do personagem Dedalus. Como uma “autobiografia”, o romance vai das memórias à (re) criação da trajetória de um jovem que deseja profundamente ser um artista, mas que, primeiro, precisa vencer as forças que reprimem sua imaginação – as convenções e herança da Igreja, da escola e da sociedade. Portanto, trata-se de uma narrativa que reflete também a profunda relação de amor e ódio que o autor manteve durante toda a vida com sua terra natal, Dublin, e com a cultura que o formou. Por isso mesmo, a narrativa sinaliza também os primeiros passos de James Joyce em direção ao universo de sua grande obra, Ulisses, publicada em 1922. Vale lembrar que o nome Dedalus remete, tal como na referida obra, à mitologia e à tradição da Antiguidade Clássica, que é outro ponto crucial para a leitura do escritor irlandês. Sendo assim, para se começar a conhecer a escrita joyceana, nada melhor do que iniciá-la com o retrato do próprio do artista.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O tempo na Literatura

Na Literatura - o tempo - é não só destaque como base para muitos dos grandes clássicos da literatura universal como "Em busca do tempo perdido" (1913-1927) de Marcel Proust (1871-1922) e "O tempo e o vento" (1949-1962) de Érico Veríssimo (1905-1975). Destaco também a presença do mesmo no Antigo Testamento da Torá judaica e Bíblia cristã, "Crônicas", gênero aliás por excelência na referência direta ao próprio radical que confere a ele e ao tempo, origem etimológica comum. Mas certamente existem muitas outras obras que retratam o tempo como tema central, ainda que "sob a pele" de muitos e insuspeitos personagens que ele envelhece, torna célebre inovidável, mata anonimamente ou eterniza no permanente presente.