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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Albert Camus: biografias


Existem disponíveis duas excelentes biografias sobre Albert Camus em língua portuguesa, a de Olivier Todd publicado pela editora Record com o título "Camus - Uma vida" e a de Vicente Barreto "Camus - vida e obra" pela editora Paz e Terra.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Albert Camus: "O estrangeiro"


A próxima obra que leremos o encontro em fevereiro de 2008 será "O estrangeiro" (1942) do franco-argelino Albert Camus (1913-1960) laureado com o Nobel de literatura em 1957, na sugestão dada e vitoriosa da Angélica.
Obra e autor que há tempos figurava entre as indicações e da qual agora, finalmente, terá sua vez junto das demais às vésperas do 6º aniversário do grupo que comemoraremos em março próximo de encontros ininterruptos e enriquecedores.

Acesse a biografia de Camus na wikipédia em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Camus

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

"Kafka - Vida e obra" de Leandro Konder


Interessante conhecer também as várias interpretações ideológicas feitas da obra de Franz Kafka, além é claro de sua biografia que entre as várias disponíveis destaco a de Leandro Konder (filósofo marxista e professor do departamento de educação da Puc-Rio): “Kafka – Vida e Obra” pela ed. Paz e Terra, esgotada há alguns anos, mas que pode ser encontrada em sebos.
No sempre válido e necessário investimento da contextualização para justa e melhor compreensão do autor e de sua obra na conexão direta com o que dela extraímos e temos implicados aquela "atualidade permanente", típica dos grandes escritores e mestres.

Franz Kafka

A primeira obra que iniciará os encontros literários de 2008 será "Um artista da fome" de Franz Kafka (1883-1924), sendo que dele já lemos anteriormente a célebre "A metamorfose", obra que lhe assegurou lugar na literatura universal com a história de Gregor Samsa embora sua originalidade e escrita absolutamente impactante esteja presente em outras obras como "O processo".
É sempre marcante ao iniciarmos as leituras de suas narrativas termos já nos primeiros parágrafos fatos chocantes, sendo o mais surpreendente constatarmos que essa tensão não se restringe apenas ao início e nem cessa ou se desfaz ao longo de todo o texto, mantendo a atenção do leitor até o fim, palavra a palavra, ainda que em meio a angústia e opressão que muito de seus personagens e histórias expressam.
Acredito que será um bom início e considerando o autor, certamente mais um encontro de enriquecedores diálogos inspirados e guiados pela leitura desse clássico, moderno e sempre atual, porque universal.

domingo, 14 de outubro de 2007

Doris Lessing


“As avós”, livro da Nobel - Doris Lessing - que a Cia das Letras (http://www.companhiadasletras.com.br/) vai correr para botar nas livrarias mês que vem, foi publicado em 2003 HarperCollins num volume com mais três novelas. A narrativa, sobre duas mães que se apaixonam pelos filhos uma da outra, ajudou a reviver o interesse pela escritora britânica na França.

Enquanto o livro não sai aqui, o leitor brasileiro pode esperar ouvindo a autora ler suas histórias em www.dorislessing.org/audio.html

Fonte: O Globo - Prosa & Verso - pág. 5 em 13 de outubro de 2007.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O "Tempestuoso" Schiller

Schiller nasceu no ano de 1759 na cidade de Marbach, sul da Alemanha, e faleceu em 1805, em Weimar. Começou a escrever Os bandoleiros, sua peça de estréia, provavelmente no ano de 1777, quando ainda não havia completado 18 anos, e publicou-a em meados de 1781, em edição própria e anônima.

Motivada por um conto de Christian Daniel Schubart, intitulado “Por uma história do coração humano” – uma variação da parábola do filho pródigo –, a peça é marcada pela influência do Sturm und Drang (movimento romântico alemão, também conhecido por titanismo) e pontilhada de referências às tragédias de Shakespeare, à obra do jovem Goethe, aos poemas de Klopstock e a vários escritores clássicos. Juntando seus conheci­mentos a respeito do pietismo, da mitologia grega, da Bíblia e da medicina, Schiller deu à luz uma obra selvagem, drástica e – em certo sentido e em algumas passagens – paradoxal, mas cheia de dinamismo, vigor e ímpeto.

A força da peça foi tão grande, seu impacto tão intenso, característico e subjetivo, que a imagem de Schiller ficou para sempre ligada à imagem de sua primeira obra. Embora tenha professado o classicismo de Weimar – junto com Goethe, na fase tardia de sua obra –, Schiller seria sempre lembrado pelo fulgor juvenil e titânico d’Os bandoleiros, pela fúria selvagem, pelo ímpeto e pelo desespero de suas primeiras páginas.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Sobre Aristófanes

Aristófanes


Busto de Aristófanes


"As Graças procuravam um altar eterno.

Acharam-no na inteligência de Aristófanes."


Platão


Aristófanes nasceu em Atenas em 457 ac. Quatro anos antes do seu nascimento, em 461 ac, Péricles havia assumido o poder em Atenas. Aristófanes viveu toda a sua juventude sob o esplendor do Século de Péricles. Aristófanes foi testemunha também o início do fim daquela grande Atenas. Ele viu o início da Guerra do Peloponeso, que arruinou a hélade. Ele, da mesma forma, viu de perto o papel nocivo dos demagogos na destruição econômica, militar e cultural de sua cidade-estado. À sua volta, à volta da acrópole de Atenas, florescia a sofística -a arte da persuasão-, que subvertia os conceitos religiosos, políticos, sociais e culturais da sua civilização.

O teatro de Aristófanes, principalmente aquele que integra a sua obra no período da Comédia Antiga, é um contundente e sarcástico manifesto contra os elementos que ele julgava responsáveis pela decadência de Atenas.

Aristófanes foi um homem contraditório. Crítico violento da democracia, utilizava-se de uma retórica tão agressiva que somente em um ambiente de liberdade plena como o democrático permitiria a sua veiculação. Aristófanes vê com desprezo a forma pela qual os cidadãos gregos deixavam-se levar pelos demagogos. Ele detestava também o teatro modernizante de Eurípedes, cheio de sutilezas retóricas, que invocava outros deuses ao invés dos tradicionais membros do Olimpo. Paradoxalmente, este teatro, que negava as inovações na retórica, assimilava-as na prática, a ponto de Cratino, um comediógrafo rival de Aristófanes, qualificar o teatro moderno de sua época como euripidaristofanizante. Aristófanes, todavia, era considerado o maior autor de comédias de seu tempo. Quase todas as suas 11 peças que nos restaram obtiveram sucesso nas Dionísias. Somente As Aves e A Paz obtiveram o segundo lugar, e As Nuvens o terceiro. Para sublinhar mais esta excelência entre os gregos, é bom citar que a comédia As Rãs foi tão bem recebida pelo público que teve a sua reapresentação pedida pela platéia. Na época, a reapresentação de uma peça era privilégio da tragédia.

A primeira comédia de Aristófanes que se tem notícia foi encenada no ano de 427 ac e se chamava Os Babilônios. Esta perdeu-se no tempo. No entanto, sabemos por relatos da época que tratava-se de um ataque cruel a Cleon. Cleon foi sucessor de Péricles. De curtidor de couro, uma profissão humilde, ele foi eleito general de Atenas. Sua política imperialista obteve algum sucesso no início, mas foi desastrosa para Atenas a longo prazo, pois colocou a cidade-estado envolvida em conflitos militares caros que ainda resultaram em derrotas.

Diversamente de Péricles, Cleon foi um dos fomentadores da Guerra do Peloponeso. Ficou famoso por sua venalidade, por perseguir politicamente e judicialmente os cidadãos -principalmente os ricos- que ele considerava seus inimigos. Cleon é acusado por seus contemporâneos de subornar juízes para obter sentenças favoráveis a seus interesses. Em seu governo, os aliados de Atenas foram relegados à condição de colônias, o que provocou descontentamento e deserções.

É contra ele que Aristófanes faz a peça Os Babilônios. Ela foi representada nas Grandes Dionísias Urbanas, diante do General e de seus aliados. É sabido que ele sentiu-se extremamente ofendido com a representação e acusou Aristófanes de difamar as instituições atenienses ao mundo grego.

O dramaturgo, entretanto, não se intimidou com esta crítica. Dois anos depois, no ano de 425 ac, nas Leneanas, Aristófanes apresentou a comédia Os Cavaleiros. Esta peça, felizmente, chegou até nós. Ela representa o mais violento ataque pessoal de Aristófanes a Cleon. Tão agressiva foi considerada que nenhum ator da época teve a coragem de representar o papel de Panflagônio (Cleon). Foi o próprio autor que teve de fazê-lo (desempenho, aliás, considerado medíocre por seus contemporâneos). Para desespero do general, ele foi o vencedor do concurso.

Os Cavaleiros

Nesta peça, Aristófanes caracteriza Cleon como escravo de um senhor. O senhor é o povo. Trata-se de um escravo muito desonesto e desprovido de qualquer caráter. Uma peculiaridade é importantíssima para podermos situar a peça. Cleon estava no auge de sua popularidade no tempo da representação por causa de um sucesso inesperado na Guerra do Peloponeso.

Um porto, o porto de Pilos, que era de fundamental importância econômica e militar para a cidade-estado de Esparta, havia sido tomado por Atenas por um general chamado Demóstenes -homônimo do orador famoso-. Os espartanos, visando retomá-lo, tomaram posição numa ilha perto de Pilos (Esfactéria). A armada ateniense, no entanto, cercou a ilha. Os espartanos então tentaram assinar a paz. Cleon desejava, todavia, uma vitória total para humilhar Esparta e ganhar prestígio como líder em Atenas. O cerco à ilha, se por um lado havia isolado os espartanos, por outro, não havia decidido a batalha. O cerco continuava e a indecisão também. Cleon exigia a vitória e acusou os demais generais atenienses de incompetência. Seu rival, Nícias, é o comandante da frota. Para constranger o líder, Nícias renuncia em favor de seu rival. Surpreendido, Cleon assume o comando dos exércitos. Ao encontrar-se com o general Demóstenes, este lhe apresenta um plano de ataque cuidadosamente elaborado pelo estado-maior de Nícias. De posse daquele planejamento, Cleon supervisiona o ataque à ilha, comandado por Demóstenes. Atenas vence e captura vários nobres espartanos. Cleon foi recebido como herói na cidade.

É neste ano que Aristófanes lhe dedica a peça Os Cavaleiros. O nome da peça provém de uma divisão militar de origem aristocráticas na qual Aristófanes põe as esperanças de desmoralizar Cleon. A peça se resume à luta entre Panflagônio (Cleon) e um salsicheiro que, segundo os oráculos, seria o sucessor do demagogo no poder de Atenas. No agón entre o salsicheiro e Panflagônio, desenvolve-se uma corrosiva crítica aos sistema democrático de escolha dos governantes. Críticas, aliás, à democracia é que não faltam n´Os Cavaleiros. Aristófanes denuncia o oportunismo de Cleon no episódio do ataque à ilha e o oportunismo dos políticos em geral. Um exemplo disto é o diálogo travado entre um escravo -uma caricatura do general Demóstenes- e o salsicheiro. No diálogo, o escravo tenta convencer o salsicheiros de que este pode e deve entrar na política para enfrentar Panflagônio .

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Aristófanes (447 a. C. - 385 a. C.)

Aristófanes, em grego antigo Ἀριστοφάνης, (c. 447 a.C. - c. 385 a.C.) foi um dramaturgo grego. É considerado o maior representante da Comédia Antiga. Nasceu em Atenas e, embora sua vida seja pouco conhecida, sua obra permite deduzir que teve uma formação requintada. Conta-se que teve dois filhos, que também seguiram a carreira do pai.

Obra
Escreveu mais de quarenta peças, das quais apenas onze são conhecidas. Conservador, revela hostilidade às inovações sociais e políticas e aos deuses e homens responsáveis por elas. Seus heróis defendem o passado de Atenas, os valores democráticos tradicionais, as virtudes cívicas e a solidariedade social. Violentamente satírico, critica a pomposidade, a impostura, os desmandos e a corrupção na sociedade em que viveu.
Seu alvo são as personalidades influentes: políticos, poetas, filósofos e cientistas, velhos ou jovens, ricos ou pobres.
Comenta em diálogos mordazes e inteligentes todos os temas importantes da época – a Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta, os métodos de educação, as discussões filosóficas, o papel da mulher na sociedade, o surgimento da classe média.
Em "Lisístrata" (411 a.C.), as mulheres fazem greve de sexo para forçar atenienses e espartanos a estabelecerem a paz.
Em "As vespas" (422 a.C.), discute a importância da verdade e seus benefícios, revelando sua preocupação com a ética.
Na peça "As nuvens" (423 a.C.), compara Sócrates aos sofistas, mestres da retórica, e acusa o filósofo grego de exercer uma influência nefasta sobre a sociedade.
Na comédia "Os Acarnianos" ou "Acarnenses", representada no ano 425 a.C., ele ridiculariza os partidários da guerra com Esparta.
Suas outras obras são Os cavaleiros (424 a.C.), A paz (421 a.C.), As aves (414 a.C.), As tesmoforiantes ou As mulheres que celebram as Tesmofórias (411 a.C.), As rãs (405 a.C.), As mulheres na assembléia ou Assembléia de mulheres (392 a.C.) e Pluto (388 a.C.)




Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

domingo, 26 de agosto de 2007

Rubem Fonseca

Rubem Fonseca será o próximo autor no debate do conto: "A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro" .

O conto pertence a obra Romance negro e outras histórias editada pela Cia das Letras, tema e roteiro do encontro no próximo sábado dia 1º de setembro.

Para maiores informações sobre a vida e obra acesse:

http://www.releituras.com/rfonseca_bio.asp
http://portalliteral.terra.com.br/rubem_fonseca/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rubem_Fonseca

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Clarice




"...e perguntou a quem poderia contar o que sucedera, mas não encontrou ninguém que entendesse o que ela não pudesse explicar."


Clarice Lispector




Acompanhando as comemorações em torno 30 anos de publicação da obra "A hora da estrela", de Clarice Lispector, tomamos a escritora como tema de nosso próximo encontro. No qual ficará ao critério e sabor de cada leitor a obra a ser lida.

A vida e a obra da autora que se definia como uma pergunta estarão disponíveis, a partir de maio, no site www.claricelispector.com.br . Até lá, pode-se aventurar pela obra lispectoriana através dos endereços http://www.releituras.com/clispector_bio.asp
Integrando as comemorações, estará em exposição no Museu da Língua Portuguesa, de 24 de Abril a 2 de Setembro, uma amostra das diversas facetas da escritora Clarice Lispector através de manuscritos, vídeos, fotos e textos de Clarice.