sábado, 20 de janeiro de 2007

"Aleph, Alephs"

Qual a razão ou motivo de um grupo de discussões e debates a partir da literatura? - me perguntam às vezes.

Poderia particularmente enumerar muitos e os mais diversos, embora prefira discorrer sobre as felicidades e prazeres que tenho nele e a partir dele, do que dizer os motivos (embora ele me motive), da razão (onde claro há uma senão várias) que, à parte do universo literário e das inúmeras possibilidades implícitas no texto, encontro nos meus companheiros de grupo - "leitores links" - tornando o con-texto e con-vívio em cada uma das obras lidas e eleitas, verdadeiros hipertextos (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto).

Mas porque não chamá-los também de hiper-leitores?

Que na partilha das interpretações e compreensão de um texto, seja ela de qual gênero, estilo, autoria, área, cultura, língua e intencionalidade forem, geram um pequeno aleph interpretativo onde a partir dele, podemos perpassar do texto aos muitos universos possíveis, chamada também de - entrelinhas.

E por falar nelas, há pela TV Cultura de São Paulo um excelente programa voltado a literatura e universo dos livros de mesmo nome (http://www.tvcultura.com.br/entrelinhas/) onde existe um espaço para publicação de resenhas (modo interessante e estimulante para começar a ler, escrever e publicar, principalmente se sua resenha for melhor do que a obra...).

Mas enfim, para concluir mais essa postagem, encerro voltando ao início quanto a letra (e nome) - Aleph - que talvez seja apesar de falado e comentado, é pouco conhecido quanto sua história (quanto literatura) e idéia conceitual (quanto filosofia).
Na internet encontrei esse comunicação de Esteban Reyes Celedón (UFRJ) que é muito interessante e vale à pena ser lido, por ocasião do X Congresso internacional da ABRALIC (http://www.abralic.org.br/) - Associação Brasileira de Literatura Comparada - confiram: http://paginas.terra.com.br/arte/dubitoergosum/simp17.htm#_ednref1

Assim é que por isso e aquilo, o que ora aqui escrevo, percebendo racional, sentimental ou instintamente, encontro nos meus amigos de grupo, colegas de leitura, companheiros que fazem de cada palavra e texto, uma sinfônica que do silêncio ao som, fazem de um ponto todo um universo em que há, positiva e felizmente, vida inteligente e sempre, uma perene fonte de prazer que é a literatura e está sendo o grupo.

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