No mês de maio, o Grupo Aleph esteve reunido para discutir o último filme de Wood Allen, Meia-noite em Paris. O encontro do personagem do filme com personalidades da Paris dos anos 20, levou aos participantes à escolha de Ernest Hemingway, para sua próxima leitura, agendada para 16 de junho.
Um pouco sobre o autor e sua principal obra, na colaboração do texto da alephiana Ingeborg Scheible:
HEMINGWAY
Ernest Miller Hemingway (Oak Park, 21 de Julho 1899 — Ketchum,
2 de Julho 1961) foi um escritor
norte-americano.
Quando da 1ª guerra mundial, decidiu ir à Europa (em 1918).
Hemingway queria combater, mas só conseguiu uma vaga de motorista de ambulância na Cruz Vermelha. Na
Itália, apaixonou-se pela enfermeira
Agnes Von Kurowsky, sua inspiração na criação da heroína de Adeus às Armas
(1929) ...
Hemingway fazia parte da comunidade de escritores expatriados em Paris, conhecida como "geração perdida", nome
inventado e popularizado por Gertrude
Stein. Levando uma vida turbulenta, Hemingway casou-se quatro vezes, além
de vários relacionamentos românticos, praticamente confirmando o que predisse seu amigo, Scott Fitzgerald, quando eles se conheceram em Paris: “Você vai precisar de uma mulher a cada livro”.
[Obs. minha: estão lembrados dadiscussão em torno à ligação do amor com
a morte entre o protagonista do filme e Hemingway?] . Com a primeira
mulher, Elizabeth
Richardson, teve um filho, com a segunda, Pauline Pfeiffer, dois.
O VELHO E O MAR:
O Velho e o Mar (The Old Man and the Sea, no original em
inglês) é um romance de Ernest Hemingway, escrito em Cuba, em 1951, e publicado
em 1952.[1]
Foi a última grande obra de ficção de Hemingway a ser
publicada ainda durante a sua vida, sendo uma das suas obras mais famosas.
Conta a história de um velho pescador que luta com um
gigante espadarte em alto mar por entre a Corrente do Golfo. Apesar de ter sido
alvo de apreciações muito divergentes por parte da crítica, é uma obra que
permanece uma referência entre os livros de Hemingway, tendo reafirmado a
importância do autor em tempo de o qualificar para o Prêmio Nobel de Literatura
de 1954.
A essência da
história é a luta constante do homem contra a natureza, disputando sua
sobrevivência, com destaque para a importância não só da experiência, mas
também da sorte e da perseverança
A vida e a obra de Hemingway tem intensa relação com a
Espanha, onde viveu 4 anos. Trabalhou como
correspondente de guerra em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola e ao
cobrir essa Guerra (1937) como jornalista do North American Newspaper Alliance,
não hesitou em se aliar às forças
republicanas contra o fascismo. Essa experiência inspirou uma de suas
maiores obras, Por Quem os Sinos Dobram.
Ao fim da Segunda Guerra Mundial se instalou em Cuba.
Em 1952 publica
"O Velho e o Mar", considerada a sua obra-prima, com o qual ganhou o prêmio Pulitzer (1953), . Foi
laureado com o Nobel de Literatura de
1954.
Aos 61 anos e enfrentando problemas de hipertensão,
diabetes, depressão e perda de memória, Hemingway
decidiu-se pelo suicídio.
Ao longo da vida do escritor, o tema suicídio aparece em escritos, cartas e conversas com muita
frequência. Seu pai suicidou-se em 1929 por problemas de saúde e financeiros.
Sua mãe, Grace, dona de casa e professora de canto e ópera, atormentava o filho com a
sua personalidade dominadora. Ela
enviou-lhe pelo correio a pistola com a qual o seu pai havia se matado. O escritor, atônito, não sabia se ela
queria que ele repetisse o ato do pai ou que guardasse a arma como lembrança.[!!!]
Todas as personagens deste escritor se defrontaram com o
problema da "evidência
trágica" do fim. Hemingway não pôde aceitá-la. A vida inteira jogou
com a morte, até que, na manhã de 2 de julho de 1961, em Ketchum, Idaho, tomou
um fuzil de caça e disparou contra si mesmo.
2 comentários:
Sempre é bom relembrar Hemingway.
:)
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